quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

DIFERENTES ENTENDIMENTOS PARA EDUCAÇÃO FÍSICA


Educação Física é o conjunto de atividades físicas não-competitivas e esportes com fins recreativos quanto à ciência que fundamenta a correta prática destas atividades, resultado de uma série de pesquisas e procedimentos estabelecidos. Também é um componente curricular no ensino fundamental e médio, destinada a transmissão e reelaboração das culturas corporais. Chega ao Brasil em 1810 com a Academia Real Militar. Em 1874 esta prática é estendida às mulheres.
As tendências da Educação Física dividem-se em: higienista, militarista, pedagogicista, esportivista, competitivista, popular e crítico-social.

EDUCAÇÃO FÍSICA HIGIENISTA
A concepção denominada Educação Física Higienista era uma concepção particularmente forte nos anos finais do Império e no período da Primeira República (1889 - 1930), que se preocupava em instituir a Educação Física como agente de saneamento público, agindo como protagonista num projeto de assepsia social, tendo um papel fundamental na formação de homens e mulheres sadios, fortes, dispostos à ação.
Para tal concepção a ginástica, o desporto, os jogos recreativos, etc., deveriam disciplinar os hábitos das pessoas no sentido de levá-las a se afastarem de práticas capazes de provocar a deterioração da saúde e da moral, o que comprometeria a vida coletiva. Assim, a perspectiva da Educação Física Higienista vislumbrou a possibilidade e a necessidade de resolver o problema da saúde pública pela educação. "O envolvimento dos higienistas com a educação escolar se deu, portanto, dentro de compreensão desta como sendo uma extensão da educação familiar." (Castellani, 1991, p. 45).
Vários pontos defendidos pelo pensamento liberal em relação à Educação Física, e que culminaram naquilo que estamos designando de Educação Física Higienista, estão vivos, ainda hoje, permeando os discursos de autoridades governamentais, de pedagogos, de médicos e professores de Educação Física.

EDUCAÇÃO FÍSICA MILITARISTA
A Educação Física Higienista, preocupada com a saúde, perdeu terreno para a Educação Física Militarista (1930 - 1945), que derruba o próprio conceito de saúde, para vinculá-lo agora a saúde da Pátria.
Esta concepção visava impor a toda sociedade padrões de comportamento estereotipados, frutos da conduta disciplinar própria ao regime de quartel, cujo objetivo fundamental era a obtenção de uma juventude capaz de suportar o combate, a luta, a guerra, enfim, a formação de um cidadão-soldado capaz de obedecer cegamente e de servir de exemplo para o restante da juventude pela sua bravura e coragem. É nessa construção do novo homem que podemos entender a Educação Física como uma disciplina necessária.
Assim, a Educação Física deveria ser suficientemente rígida para elevar os cidadãos da nação à condição de servidores e defensores da Pátria. O seu papel seria de colaboração no processo de seleção natural, eliminando os fracos e premiando os fortes, no sentido da depuração da raça.

EDUCAÇÃO FÍSICA PEDAGOGICISTA
Ghiraldelli Júnior (1992) destaca que, após 1945, o chamado período da democracia populista, a Educação Física Brasileira se envolveu na rede de novo arcabouço ideológico. A Educação Física Militarista foi obrigada a se reciclar. Isto não significa, de maneira alguma, que a prática da Educação Física, após esta derrota, tenha se livrado dos parâmetros impostos pela Educação Física Militarista.
A concepção Pedagogicista (1945 - 1964), é a concepção que vai reclamar da sociedade a necessidade de encarar a Educação Física não somente como uma prática capaz de promover saúde ou disciplinar a juventude, mas de ser uma prática eminentemente educativa. A ginástica, a dança, o desporto, etc., são meios de educação dos discentes. São instrumentos capazes de levar a juventude a aceitar as regras de convívio democrático e de preparar as novas gerações para o altruísmo, o culto a riquezas nacionais, etc. o sentimento corporativista de valorização do profissional da Educação Física permeia a concepção. Assim, é possível forjar um sistema nacional de Educação Física, capaz de promover a Educação Física do homem brasileiro, respeitando suas peculiaridades culturais, físico-morfológicas e psicológicas.
    Do final do Estado Novo até a promulgação da primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1961, houve um grande debate sobre o sistema de ensino brasileiro. A Lei 4024/61 estabeleceu a obrigatoriedade da Educação Física para o ensino primário e médio. Gradativamente o esporte ocupa mais espaço nas aulas de Educação Física com a introdução do Método Desportivo Generalizado, contrapondo aos antigos métodos de ginástica tradicional.
O descontentamento cada vez maior da sociedade brasileira com o autoritarismo presente ao longo dos governos militares no final dos anos 70 passou a clamar pela abertura política - a redemocratização.

EDUCAÇÃO FÍSICA ESPORTIVISTA
O governo dos militares foi à época em que mais se investiu pesado no esporte na tentativa de fazer uma educação física sustentáculo ideológico, na medida em que ela participaria na promoção do país por meio do êxito em competições de alto nível.
Nessa época devido à grande influência que o esporte representava no sistema educacional é tão forte que não é esporte da escola, mas sim o esporte na escola.

EDUCAÇÃO FÍSICA COMPETITIVISTA
A partir do momento em que a Educação Física passou a ser direcionada para o âmbito competitivista, a relação brasileiro/corpo recebeu uma significação evidenciada pelo binômio homem/máquina.
GHIRALDELLI JÚNIOR (1988) nos mostra que a Educação física competitivista também está a serviço de uma hierarquização e elitização social, bem como, a superação individual com valores fundamentais e desejados de uma sociedade moderna. O jovem brasileiro foi sendo limitado nas suas capacidades de crítica e análise, uma vez que o objetivo maior era a formação do atleta e não do ser humano como um todo.
Seu objetivo fundamental é a caracterização da competição e da superação individual como valores fundamentais e desejados para uma sociedade moderna voltam-se então para o culto do atleta-herói.

EDUCAÇÃO FÍSICA POPULAR
É antes de tudo ludicidade e cooperação. Não se pretende ser “educativa”, ela entende que a educação dos trabalhadores está intimamente ligada ao confronto cotidiano imposto pela luta de classes.

EDUCAÇÃO FÍSICA NA VISÃO CRÍTICO-SOCIAL DOS CONTEÚDOS
A tendência pedagógica crítico-social dos conteúdos teve como objetivo propiciar ao alunado conscientização, emancipação e participação efetiva no processo ensino-aprendizagem. Para tanto o pensamento racional dedutivo que parte do todo, da visão global, para as partes, era utilizado, oportunizando a observação dos diferentes e mais abrangentes aspectos da questão estudada.
O pensamento divergente foi muito utilizado pois buscava a raiz, o âmago dos questionamentos para poder detectar o problema e sua origem. E, a utilização do conhecimento e análise da realidade e vivências do aluno para a solução de problemas era um dos pressupostos desta tendência. Assim como a valorização e o incentivo à busca de soluções próprias e criativas para as problematizações e situações conhecidas e vivenciadas pelos alunos.

Apresentação em slide:


REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Rosângela de Sena. A Tendência Pedagógica Crítico-Social dos Conteúdos na Educação Física Escolar. Disponível em: <http://cev.org.br/biblioteca/a-tendencia-pedagogica-critico-social-dos-conteudos-educacao-fisica-escolar>. Acesso em: 07 mai. 2011.
CUSTÓDIO, Laís Teresinha. A cultura corporal na escola. Suas inter relações com a
construção de conhecimentos:
avanços e possibilidades. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd66/corporal.htm>. Acesso em: 07 mai. 2011.
MORAES, Luiz Carlos de. História da Educação Física. Disponível em: <http://www.cdof.com.br/historia.htm>. Acesso em: 07 mai. 2011.
SEIXAS, Thais. RESUMO: GHIRALDIDELLI Jr. EDUCAÇÃO FÍSICA PROGRESSISTA. IN: EDIÇÀO LOYOLA, SÃO PAULO, 1998. Disponível em: <http://thaisseixas. blogspot.com/2008/04/resumoghiraldidelli-jreducao-fsica.html>. Acesso em: 07 mai. 2011.
TAVARES, Marcelo; DIAS, Ana Catarina; JÚNIOR, Marcílio Souza. Educação física Escolar: contribuições teórico-metodológicas para a prática pedagógica dos professores de Educação Física. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd135/pratica-pedagogica-dos-professores-de-educacao-fisica.htm>. Acesso em: 07 mai. 2011.
TEIXEIRA, Cláudia Maria Calhau; WERNECK, Chistianne Luce Gomes. Corpo e Educação Física no contexto social brasileiro: reflexões. Disponível em: <http://www.motricidade.com/index.php?option=com_content&view=article&id=169:qcorpo-e-educacao-fisica-no-contexto-social-brasileiro-reflexoesq&catid=50:gestao&Itemid=90>. Acesso em: 07 mai. 2011.
TOMÁZ, Adriane Silva. A Educação Física frente a atuais desafios. Disponível em: <http://cev.org.br/biblioteca/a-educacao-fisica-frente-a-atuais-desafios>. Acesso em: 07 mai. 2011.

O RENASCIMENTO E SUAS IMPLICAÇÕES SOCIAIS

O Renascimento foi um importante movimento de ordem artística, cultural e científica que se deflagrou na passagem da Idade Média para a Moderna. Em um quadro de sensíveis transformações que não mais correspondiam ao conjunto de valores apregoados pelo pensamento medieval, o renascimento apresentou um novo conjunto de temas e interesses aos meios científicos e culturais de sua época. Ao contrário do que possa parecer, o renascimento não pode ser visto como uma radical ruptura com o mundo medieval.
A razão, de acordo com o pensamento da renascença, era uma manifestação do espírito humano que colocava o indivíduo mais próximo de Deus. Ao exercer sua capacidade de questionar o mundo, o homem simplesmente dava vazão a um dom concedido por Deus (neoplatonismo). Outro aspecto fundamental das obras renascentistas era o privilégio dado às ações humanas ou humanismo. Tal característica representava-se na reprodução de situações do cotidiano e na rigorosa reprodução dos traços e formas humanas (naturalismo). Esse aspecto humanista inspirava-se em outro ponto-chave do Renascimento: o elogio às concepções artísticas da Antiguidade Clássica ou Classicismo.
A Educação Jesuítica no Brasil se dedicou à pregação da fé católica e ao trabalho educativo. Perceberam que não seria possível converter os índios à fé católica sem que soubessem ler e escrever. Os jesuítas não se limitaram ao ensino das primeiras letras. Além do curso elementar eles mantinham os cursos de Letras e Filosofia, considerados secundários, e o curso de Teologia e Ciências Sagradas, de nível superior, para formação de sacerdotes.
Movido pela indignação e pela discordância com os costumes da Igreja de seu tempo, o monge alemão Martinho Lutero (1483-1546) foi o responsável pela reforma protestante, que originou uma das três grandes vertentes do cristianismo (ao lado do catolicismo e da Igreja Ortodoxa). A idéia da escola pública e para todos, organizada em três grandes ciclos (fundamental, médio e superior) e voltada para o saber útil nasce do projeto educacional de Lutero. "A distinção clara entre a esfera espiritual e as coisas do mundo propiciou um avanço para o conhecimento e o exercício funcional das coisas práticas", diz o pastor Walter Altmann, presidente da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil. Na educação, o pensamento de Lutero produziu uma reforma global do sistema de ensino alemão, que inaugurou a escola moderna. Seus reflexos se estenderam pelo Ocidente e chegam aos dias de hoje.
A reivindicação pela liberdade de interpretar a Bíblia tornou-se não só um dos pilares da reforma protestante como o princípio fundador do projeto educacional de Lutero, que valorizou a alfabetização e o ensino de línguas — e, mais importante, pregou o acesso de todos a esse conhecimento. Os renovadores religiosos defendiam a formação de uma nova classe de homens cultos, dando origem ao conceito de utilidade social da educação.
O valor formativo dos exercícios físicos foi colocado em estreita vinculação com a educação em geral. Vittorino de Feltre (1378-1446) pode ser considerado “o verdadeiro criador da educação física” e pode–se dizer que tenha antecipado, com os seus métodos pedagógicos, os princípios da educação física moderna. Também retomou a importância de se considerar a harmonia entre o corpo e a mente e considerava a ginástica, a luta, as longas marchas, a prática de exercícios de resistências ao frio e ao calor como forma de reviver os princípios gregos. Concentrou suas atenções em promover e disciplinar o desenvolvimento da personalidade de seus alunos através do jogo, dos exercícios físicos, da cultura literária e cientifica e da música. Teve o grande mérito de ter revitalizado o exercício físico, não somente como distração e recreação, mas inserido como exigência de harmonioso desenvolvimento de seu sistema educativo. Introduziu no seu método todos os exercícios que podiam aumentar tanto a força física como a energia moral: ginástica, jogos, corridas a pé e a cavalo, jogo de bola, salto, esgrima, natação, tiro ao arco e longas marchas.
Podemos definir a Reforma Religiosa como o movimento que rompeu a unidade religiosa da Europa ocidental, dando origem a novas igrejas cristãs. Com ela a Igreja Católica perdeu o monopólio religioso que mantivera durante a Idade Média.
A Reforma Religiosa foi contemporânea do Renascimento, e também pode ser explicada pelas transformações econômicas e sociais ocorridas na Europa na transição da Idade Média para os tempos modernos. Todavia, enquanto o Renascimento foi um movimento de elite, a Reforma envolveu todas as camadas sociais européias. Os fatores que explicam a Reforma Religiosa são de ordem cultural, econômica e política.
a- Cultural. O racionalismo e a valorização do homem, próprios do Renascimento, deram origem a uma mentalidade que se opunha a religiosidade católica medieval. O espírito crítico do Renascimento colocou em xeque os tradicionais ensinamentos da Igreja.
A divulgação e a leitura dos textos bíblicos, dos escritos dos sábios da antiguidade e dos santos da Igreja criaram um clima de debate e questionamento das verdades estabelecidas. Tanto que os primeiros movimentos que questionaram a autoridade da Igreja surgiram no interior das Universidades. O homem renascentista exigia uma religião mais adequada aos novos tempos.
b- Econômico. O renascimento comercial criou uma nova realidade econômica na Europa. A Igreja teve dificuldade em adequar os seus ensinamentos a essa nova realidade. Os dogmas católicos tradicionais combinavam com a economia de subsistência da Idade Média. No entanto, o lucro e a cobrança de juros, estranhos a essa economia, passaram a ser essenciais depois do renas­cimento comercial. De modo que a burguesia tendia a não aceitar aqueles dogmas religiosos.
c- Político. O poder nacional do rei, surgido com a centralização política, se contrapunha ao poder supranacional da Igreja. Os conflitos entre os interesses das monarquias nacionais e os de Roma se manifestavam nos direitos de cobrar impostos, na administração da justiça e na nomeação dos bispos. Os reis não podiam admitir que as rendas obtidas pela Igreja em seus domínios fossem enviadas para Roma. Por outro lado, precisavam im­por sua justiça em todo o território nacional, e isto significava a supressão dos tribunais eclesiásticos.
Além disso, os reis disputavam com os papas o direito de nomear os bispos, pois estes tinham um grande poder político. Portanto, o rompimento dos Estados Nacionais com a Igreja Católica, foi uma decorrência natural desses conflitos de interesses. Foram ainda fatores importantes para a Reforma a crise e a decadência da Igreja Católica. O luxo do clero, a compra de cargos eclesiásticos, o envolvimento da Igreja nas questões políticas, a má formação teológica dos padres, a venda de indulgências (perdão da Igreja aos pecados) e de falsas relíquias religiosas contribuíam para o desprestígio da instituição diante dos fiéis
Martinho Lutero, com base nos seus estudos começou a criticar os abusos da Igreja. Depois de uma viagem à Roma voltou abalado com o luxo, a decadência de costumes e a corrupção do alto clero. O conflito de Lutero com a Igreja começou com suas críticas à venda de indulgências na Alemanha. Lutero criticou não só o fato de serem vendidas, mas o próprio valor espiritual dessas indulgências. Segundo ele, a Igreja não tinha o poder de conceder perdão aos pecados. Isto só caberia a Deus. A polêmica acabou levando à excomunhão de Lutero. O monge rebelde rasgou a bula da excomunhão e afixou na porta da catedral de Wittemberg as famosas 95 teses. Neste documento já estão presentes as linhas mestras de sua doutrina.
Podemos definir a Contra-Reforma como o conjunto de medidas tomadas pela Igreja Católica para deter o avanço das igrejas reformadas.
A principal providência tomada foi a convocação do Concílio de  Trento (1545-1563). Neste Concílio foram reafirmados os dogmas e os princípios católicos nega­dos pelos reformadores. Foram criados o Index Librorum Prohibitorum (relação de livros proibidos); o Catecismo, para dar educação religiosa, principalmente às crianças, e Seminários, para formar melhor o clero. O Tribunal do Santo Ofício (Inquisição) foi remodelado e reativado para perseguir os que se desviassem dos princípios católicos. A Contra-Reforma reafirmava ainda que só à Igreja era permitida a interpretação da bíblia. Nesta época, a ordem religiosa fundada por Inácio de Loiola, Companhia de Jesus, foi reconhecida pela Igreja. Esta ordem teria importante papel da difusão do catolicismo na América. Os jesuítas, submetidos a uma rigorosa disciplina, se dedicavam à educação e à catequese.
A Contra-Reforma conseguiu afastar a ameaça reformista do sul da Europa. Até hoje, Itália, Espanha e Portugal são países essencialmente católicos. Mas, mui­tos estudiosos atribuem o relativo atraso cultural e científico dos países católicos à atuação repressiva da Igreja.
A cultura medieval se caracterizava pela religiosidade. A Igreja Católica, como vimos, controlava as manifestações culturais e dava uma interpretação religiosa para os fenômenos da natureza, da sociedade e da economia. A esta cultura deu-se o nome de teocêntrica (Deus no centro). A miséria, as tempestades, as pragas, as enchentes, as doenças e as más colheitas eram vistas como castigos de Deus. Assim como a riqueza, a saúde, as boas colheitas, o tempo bom, a fortuna eram bênçãos divinas. A própria posição que o indivíduo ocupava na sociedade (nobre, clérigo ou servo) tinha uma explicação religiosa. A literatura medieval era composta de textos teológicos, biografias de santos e histórias de cavalaria. Isto refletia o domínio da Igreja e da nobreza sobre a sociedade.
Essa visão de mundo não combinava com a experiência burguesa. Essa nova classe devia a sua posição social e econômica ao seu próprio esforço e não à vontade divina, como o nobre. O sucesso nos negócios dependia da observação, do raciocínio e do cálculo. Características que se opunham às explicações sobrenaturais, próprias da mentalidade medieval. Por outro lado, era uma classe social em ascensão, portanto otimista. Sua concepção de mundo era mais materialista. Queria usufruir na terra o resultado de seus esforços. E também claro que o comerciante burguês era essencialmente individualista. Quase sempre, o seu lucro implicava que outros tivessem prejuízo.
A visão de mundo da burguesia estará sintonizada com a renovação cultural ocorrida nos fins da Idade Média e no começo da Idade Moderna. A essa renovação denominamos Renascimento.  
O Renascimento significou uma nova arte, o advento do pensamento científico e uma nova literatura. Nelas estão presentes as seguintes características:
a-             antropocentrismo (o homem no centro): valorização do homem como ser racional. Para os renascentistas o homem era visto como a mais bela e perfeita obra da natureza. Tem capacidade criadora e pode explicar os fenômenos à sua volta.
b- otimismo: os renascentistas acreditavam no progresso e na capacidade do homem de resolver problemas. Por essa razão apreciavam a beleza do mundo e tentavam captá-la em suas obras de arte.
c- racionalismo: tentativa de descobrir pela observação e pela experiência as leis que governam o mundo. A razão humana é a base do conhecimento. Isto se contrapunha ao conhecimento baseado na autoridade, na tradição e na inspiração de origem divina que marcou a cultura medieval.
d- humanismo: o humanista era o indivíduo que traduzia e estudava os textos antigos, principalmente gregos e romanos. Foi dessa inspiração clássica que nasceu a valorização do ser humano. Uma das características desses humanistas era a não especialização. Seus conhecimentos eram abrangentes.
e- hedonismo: valorização dos prazeres sensoriais. Esta visão se opunha à idéia medieval de associar o pecado aos bens e prazeres materiais.
f-  individualismo: a afirmação do artista como criador individual da obra de arte se deu no Renascimento. O artista renascentista assinava suas obras, tornando­-se famoso.
g- inspiração na antiguidade clássica: os artistas renascentistas procuraram imitar a estética dos antigos gregos e romanos. O próprio termo Renascimento foi cunhado pelos contemporâneos do movimento, que pretendiam estar fazendo re­nascer aquela cultura, desaparecida durante a “Idade das Trevas” (Média).

Apresentação em slide:
 

Citoesqueleto - proteínas acessórias: proteínas reguladoras, ligadoras e motoras

*ADELSON RAMOS VILHENA
*ANDSON DA SILVA GOMES
*FARNEY GLEISON ALMEIDA LIMA
*FRANCISNEY GUERREIRO
*JONIELSON FERREIRA DA COSTA
*MALCICLEY DOS SANTOS SOUSA
*MARCELO GOMES GONZÁLEZ
*Licenciatura em Educação Física pela Universidade Vale do Acaraú - Amapá (UVA-AP)


CITOESQUELETO
Citoesqueleto é uma rede intrincada de filamentos protéicos que se estende por todo o citoplasma. Responsáveis pela sustentação e forma, permitindo o movimento celular e transporte de substâncias. É responsável por captar alimentos. Fagocitose, pinocitose ou exocitose só são possíveis devido ao citoesqueleto. (Por isso a bactéria não faz esses tipos de alimentação).
O citoesqueleto dá a forma – estável ou variável – às células, como resultado da interação dos três tipos de filamentos com diferentes proteínas acessórias: filamentos intermediários, filamentos de actina e microtúbulos.

  ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DO CITOESQUELETO
O citoesqueleto é constituído por filamentos intermediários, filamentos de actina, mitrotúbulos e um conjunto de proteínas acessórias – reguladoras, ligadoras e motoras – (ROBERTIS E HIB, 2006).
Os filamentos intermediários são formados por proteínas com uma estrutura fibrosa, formando redes que conectam a membrana plasmática com o envoltório nuclear, contribuindo para a manutenção da forma celular e estabelecendo as posições das organelas. A sua principal função é de natureza mecânica, por isso eles são mais desenvolvidos nas células sujeitas às grandes tensões.
Enquanto os filamentos de actina e os microtúbulos estão presentes em todas as células eucarióticas, a ocorrência dos filamentos intermediários citoplasmáticos é exclusiva de células de organismos multicelulares.
Os microtúbulos são pequenos e finos tubos cilíndricos e ocos, com aproximadamente 20 nanômetros de diâmetro e alguns micrômetros de comprimento, formados por proteínas globulares denominadas de tubulinas alfa e beta disposta em arranjo helicoidal, associadas a proteínas auxiliares (dineína (- ou dentro) e cinesínas (+ ou fora)).
Controlar o nascimento, alongamento, encurtamento e o desaparecimento dos três filamentos principais do citoesqueleto são funções atribuídas às proteínas reguladoras, ligam-se a extremidade positiva dos microtúbulos, estabilizando-os ou desestabilizando-os. A manutenção da instabilidade dos filamentos de actina tem um alto gasto de ATP, quando o filamento alcança o comprimento desejado, várias proteínas reguladoras se colocam em suas extremidades para estabilizá-lo.
Supõe-se que, a polimerização (pólos) dos monômeros de actina depende de uma proteína reguladora chamada profilina. No processo de despolimerização participam várias proteínas reguladoras, entre as quais se destacam a timosina e o ADF (do inglês, actin-depolymerizing factor). A timosina inibe a nucleação do trímero inicial de actina G e sua polimerização no filamento em crescimento. O ADF une-se ao filamento de actina e o despolimeriza progressivamente.
Já as ligadoras têm como principal atividade ligar os filamentos entre si ou entre outros componentes existentes na célula. Por exemplo: As nove trincas do corpúsculo basal estão conectadas entre si por dois tipos de proteínas ligadoras. Umas são fibras curtas que enlaçam o microtúbulo A de uma trinca com o microtúbulo C de uma trinca vizinha. As outras são fibras longas que se unem às trincas semelhantes aos raios de uma roda.
As motoras, por sua vez, transportam macromoléculas e organelas de um ponto a outro do citoplasma através dos microtúbulos. Essas também possuem a responsabilidade de fazer com que dois filamentos contíguos e paralelos deslizem entre si, em sentidos opostos, constituindo dessa forma a base da motilidade, da contração e das mudanças de forma da célula. A dineína transporta vesículas e organelas preferencialmente para dentro da célula (extremidade -), consumindo ATP cujo movimento é mais rápido. Já a cinesina, faz o mesmo processo só que para a periferia da célula (extremidade +), também consome ATP, mas o movimento é lento. Segundo Robertis e Hib (2006), “esta propriedade confere uma função adicional ao citoesqueleto, a de ser o ‘sistema muscular’ da célula, ou seja, a citomusculatura.”
Por fim, vê-se que citoesqueleto é estrutura primordial para o bom andamento da célula eucarionte. Visto que é ele quem assessora a locomoção de proteínas e nutrientes para dentro da célula, assim auxiliando para a manutenção da forma, alimentação, respiração, locomoção e divisão celular.
Apresentação em slide:




REFERÊNCIAS

BASSANIN, Lidiane. Citologia: fronteira das células. Disponível em: < http://cienciaestranha.blogspot.com/2009/07/citologia-fronteira-das-celulas-no.html>. Acesso em: 13 out. 2011.
IFRÁN, Sérgio D.; MÁRQUEZ, Silvia; PÉREZ, Lionel Valenzuela; PINTO, Maria Elena. Citoesqueleto. Disponível em: <http://www.genomasur.com/lecturas/Guia06.htm>. Acesso em: 15 out. 2011.
MAGRÃO, Amigo do. Citoesqueleto. Disponível em: <https://sites.google.com/site/amigodo magrao/23>. Acesso em: 13 out. 2011.
MEDICINA, Escola de. Citoesqueleto. Disponível em: <http://medicinabiologiacelular.blogspot.com/2008/12/citoesqueleto.html>. Acesso em: 14 out. 2011.
MORO, Marcelo. Proteínas Acessórias. Disponível em: <http://laboratoriotrintaedois.blogspot.com/2008/07/curso-citoesqueleto-na-fiocruz-dia-1.html>. Acesso em: 14 out. 2011.
RIBEIRO, Krukemberghe Divino Kirk da Fonseca. Citoesqueleto. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/o-citoesqueleto.htm>. Acesso em: 15 out. 2011.
SOUZA, Valéria Ruiz de. O Citoesqueleto. Disponível em: <http://www.mundovestibular.com.br/articles/1182/1/O-CITOESQUELETO/Paacutegina1.html>. Acesso em: 15 out. 2011.