MARCELO GOMES GONZÁLEZ
Acadêmico
do curso de Licenciatura em Educação Física pela Universidade Vale do Acaraú-AP
RICHARDSON,
Roberto Jarry. Métodos qualitativos. In: RICHARDSON, Roberto Jarry, et al. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3. ed. rev. ampl. São Paulo:
Atlas S. A., 2008, cap. 5, p. 79-86.
Pós-Doutorado:
Seminários de Projetos, Formação de Pesquisadores e Filosofia das Ciências,
PIIE - Chile (1991). Pós-Doutorado: Seminários sobre Educação e
Desenvolvimento; Métodos Alternativos de Pesquisa e, Estado e Educação, nas
Universidades de Stanford e Massachussets (1983). Professor Adjunto IV - Centro
de Educação da Universidade Federal da Paraíba, Brasil (1977- ). Orientador de
diversas dissertações de Mestrado e monografias de cursos de especialização.
Suas principais publicações foram: Gestão Educacional em Instituições que
aprendem (Org.) (Ed.UFPB, 2004). Pesquisa Social. São Paulo. Ed. Atlas. 3ra.
Ed. 1999. Características Epistemológicas e Metodológicas da Pesquisa
Educacional: Chile, México, EUA e Brasil (Coordenador relatório de Pesquisa, mimeo)
1994. Pesquisa Qualitativa (em preparação). A Pesquisa na Pós-Graduação em
Educação no Brasil (Relatório de Pesquisa com M.A. Bezerra, mimeo) 1990.
Segundo
Richardson, o texto trata da pesquisa qualitativa, mas também fala inúmeras
vezes da pesquisa quantitativa, que está, em alguns casos, ligada diretamente à
qualitativa. Sendo que a pesquisa qualitativa pode ser transformada em dados
quantificáveis. Tanto que Richardson (2008:80) diz que essa transformação,
bastante utilizada por pesquisadores, consiste em "utilizar como
parâmetros o emprego de critérios, categorias, escalas de atitudes ou
identificar com que intensidade, ou grau, um conceito, uma atitude, uma opinião
se manifesta". Richardson (2008:80) também afirma que os pesquisadores da
área de Ciências Sociais "ao desprezarem elementos qualitativos,
apresentam pobreza de resultados. Insto, necessariamente, não quer dizer que a
pesquisa quantitativa seja inútil".
O autor
distingue métodos de pesquisa que para muitos, poucos se diferem, mas para alguns,
tanto se diferem, como em determinado momento se agregam, assim sendo, às
vezes, parte fundamental de uma metodologia de certa pesquisa.
Também faz
referência aos três tipos de situações em que implicam os estudos de conotação
qualitativa. Como: substituir uma simples informação estatística por dados
qualitativos; abordar qualitativamente, para efeito de compreender aspectos
psicológicos cujos dados não podem ser coletados de modo complexo por outros
métodos, devido à complexidade; fazer observações qualitativas para usar como
indicadores do funcionamento de estruturas sociais.
Ainda, busca
explicar as várias temáticas abordadas a partir das pesquisas qualitativa e
quantitativa, para assim, fazer com que o leitor possa obter uma melhor
compreensão e distinção sobre o assunto tratado.
O autor diz que
há vários estudos que apresentam abordagens de controle qualitativo, e entre
esses, citou dois, a elaboração de material didático, que é um processo que
consiste em desenvolver e dar validade a produtos educacionais. E, a pesquisa
documental vale-se de documentos originais, que ainda não receberam tratamento
analítico por nenhum autor.
Richardson
finaliza seu texto comentando sobre a descrição de texto segundo a forma e
fundo, onde a forma, segundo o autor, é "estudar símbolos empregados, isto
é, as palavras ou temas que são, inicialmente, selecionadas e, a partir daí,
verifica-se a frequência relativa de sua oposição em uma obra em diferentes
tipos de comunicação". Já o fundo, "consiste em estudar as referências
dos símbolos podendo revelar tendências constatadas nos conteúdos das
comunicações".
Com isso, o
autor conclui que a pesquisa qualitativa é a mais apropriada a ser utilizada em
quase todas as áreas de pesquisa. No entanto, não descarta a importância da pesquisa
quantitativa, que é muito utilizada para dados estatísticos.
Conclui também
que há várias formas de se produzir uma pesquisa qualitativa, pois, nela há
várias abordagens a serem seguidas, onde, citou duas, a de material didático e
a pesquisa documental. O autor deixa expressamente clara a sua preferência pela
pesquisa qualitativa, por ela ser uma pesquisa que apresenta dados explicativos
mais claros sobre situações complexas, mas em momento algum extingue a sua
outra vertente, a quantitativa.
Concluo que o
método qualitativo, em sua maior parte, é mais eficaz que o quantitativo, mas,
parto do mesmo princípio do autor, não vejo o método quantitativo como inútil,
e sim como menos eficaz em alguns casos, como na área de pesquisa social, que é
um campo mais complexo.
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