*ANDSON
DA SILVA GOMES
*MALCICLEY
DOS SANTOS SOUSA
*MARCELO
GOMES GONZÁLEZ
*MARINA
DOS SANTOS BASTOS
*TATIANA
MENDES DA SILVA
*Acadêmicos do curso de
Licenciatura em Educação Física pela Universidade Vale do Acaraú-AP
Resumo:
Este artigo foi realizado como parte das
atividades desenvolvidas na disciplina de Metodologia do Trabalho Científico e
tem como objetivo apresentar o Carimbó, que foi criado pelos índios Tupinambá.
Segundo os historiadores, os Tupinambá eram conhecidos como semi-deuses.
Inicialmente, segundo tudo indica, a dança era apresentada num andamento
monótono, como acontece com a grande maioria das danças indígenas. Quando os
escravos africanos tomaram contato com essa manifestação artística dos Tupinambá
começaram a aperfeiçoar a dança, iniciando pelo andamento que, de monótono, passou
a vibrar como uma espécie de variante do batuque africano. Por isso contagiava
até mesmo os colonizadores portugueses que, pelo interesse de conseguir
mão-de-obra para os mais diversos trabalhos, não somente estimulavam essas
manifestações, como também, excepcionalmente, faziam questão de participar,
acrescentando traços da expressão corporal característica das danças
portuguesas. Não é à toa que a "Dança do Carimbó" apresenta, em
certas passagens, alguns movimentos das danças folclóricas lusitanas, como os
dedos castanholando na marcação certa do ritmo agitado e absorvente.
Palavras-Chave:
Dança, manifestação
artística, batuque.
Abstract:
This article was carried out as part of the activities developed by the
discipline of Methodology of the Scientific Work and aims to present the Stamp,
which was created by Tupinambá Indians. Second historians, Tupinambá were known
as semi-gods. Initially, apparently, dance was presented in a walking
monotonous, as happens with the great majority of dancing indigenous. When the
African slaves taken contact with this manifestation of artistic Tupinambá
began to perfect the dance, starting by ongoing, monotonous, started to
vibration as a sort of variant of batuque African. Why contagiava even
colonizers Portuguese that, by the interest of achieving hand-to-work for the
various work, not only estimulavam these demonstrations, but also,
exceptionally, were question to participate, adding traces of expression
corporal characteristic of dancing Portuguese. It is not the aot that
"Dance Carimbó" presents, in certain passages, some movements of
dancing lusitanas folklore, as the fingers castanholando in marking certain
rhythm agitated and absorbent.
Key Words:
Dance, demonstrating artistic, batuque.
INTRODUÇÃO
O carimbó foi concebido por um dos povos
mais primitivos do Brasil, os Tupinambá. Segundo alguns historiadores de renome
o povo Tupinambá era dotado de um senso criativo e crítico invulgares.
A dança do carimbó era uma apresentação
como a maioria das danças indígenas, sem grandes atrações. No entanto, os
escravos africanos tornaram o ritmo mais vibrante. Em seguida, os portugueses
animados com o resultado que a dança propiciava resolveram estimular essas
manifestações, e acrescentar traços característicos da dança portuguesa, como
castanholar para marcar o ritmo (LOUREIRO, 2001).
A coreografia do carimbo é apresentada
em pares de duas fileiras de homens e mulheres com a frente voltada para o
centro. Iniciada a música, os homens vão ao encontro das mulheres batendo
palmas: é para marcar o tempo da música e uma espécie de convite para o
cortejo.
Há na dança uma indumentária específica.
Os foliões dançam descalços. As mulheres usam saias longas, rodadas e
coloridas, cabelos ornados com folhas e flores. Os homens usam calças de mescla
ou jeans enroladas até a canela, camisas claras amarradas à altura do umbigo e
um lenço cingindo o pescoço.
O carimbó surgiu inicialmente no norte
do Pará e teve sua irradiação mais consistente na Ilha do Marajó onde
atualmente é um dos folguedos mais presentes na cultura local.
No entanto, há uma modernização marcante
do carimbó. Ao ritmo tocado outrora apenas com instrumentos de percussão, foram
anexados guitarras elétricas, instrumentos de sopro como o clarinete e o sax.
Foi o carimbó que deu origem à lambada, ao souk e mais recentemente ao calipso
( LOUREIRO, 2001).
FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICA
SURGIMENTO DO CARIMBÓ
Segundo registros,
o carimbó surgiu em Marapanim, situada a cento e cinquenta quilômetros de
Belém, no litoral do Pará, como uma alternativa de lazer com o intuito de dar
leveza à dura tarefa do trabalho cotidiano do caboclo. Foi
concebido por um dos povos mais primitivos do Brasil, os Tupinambá. A dança do
carimbó era apresentada, primordialmente, num andamento monótono como a maioria
das danças indígenas.
Foram, entretanto, os escravos africanos
que aperfeiçoaram o ritmo, revolucionando o andamento, tornando-o mais
vibrante. Os portugueses, a partir do início da colonização brasileira,
animados com o resultado positivo que a dança podia proporcionar a seus
serviçais e observando a sensibilidade dos negros e dos indígenas, incentivaram
a dança, introduzindo nela alguns elementos de origem européia. Destarte, o
carimbó passou a ser uma criação das três principais etnias formadoras do povo
brasileiro, e é possível que seja a única dança concebida por três etnias. Segundo
Loureiro (2001, p. 296) o carimbó é
Uma espécie de bailado popular sem
enredo verbal e nem significação dramática. A música é de um ritmo envolvente e
a linha melódica, apesar de sua intensa vibração, transparece também numa
envolvente nostalgia.
O Carimbó é considerado um estilo
musical de origem indígena, porém, como diversas outras manifestações culturais
brasileiras miscigenou-se e recebeu outras influências. É uma dança regional,
aculturada, que revela traços culturais lusitanos, negros e índios.
Carimbó,
na verdade, é o nome do instrumento (tambor) feito de troncos de árvore. É
escavado e fica um pau oco, medindo em média 90cm à 1,50m de comprimento e de 40 a 50cm de diâmetro. Uma das
extremidades é envolta com a pele de animal silvestre (veado e coba). É
utilizado pelos tocadores de tambor, que se sentam sobre o instrumento e
batucam com as mãos. Segundo Lody (2003, p. 67)
O instrumento fora do seu âmbito sagrado passará a valer pelos resultados
sonoros, marcando, na maioria dos casos, a base ritmica dos conjuntos,
acrescidos de pandeiro, agogô, berimbau, entre outros. Assim o atabaque é
indispensável no samba e na capoeira, bem como em cortejos de rua, como o afoxé
ou em outras danças de rua, como o jongo, no estado de São Paulo e o carimbó,
no estado do Pará.
E pelo curimbó (De origem Tupi-Guarani “Curimbó”, de curi (pau-oco) e m’bó (escavado)) fazer parte da dança de Carimbó, seu nome foi automaticamente transferido à música e também à dança.
Justificando-se
pela diversidade regional paraense, há basicamente três tipos de carimbó. O
carimbó praieiro, típico da zona atlântica no Pará, a zona do salgado, na qual
se destaca Marapanim, o carimbó pastoril, tipico das regiões de campo como
Soure e Marajó. E o carimbó rural ou agrícola, mais praticado no baixo
Amazonas, em Algodoal onde lavm uma vida simples, transformam suas vivências diárias
em poemas rimados que resultam em canto de carimbó que ficam registrados apenas
em suas memórias. Existe carimbós que são cantados em momentos festivos sem
pretenção financeira. O interessante é que em Marapanim há diversos grupos de
dançarinos de carimbó e dos melhores por sinal, já em Algodoal, se dá maior
ênfase à escuta de canto de carimbó, enquanto conversam e tomam suas bebidas
nos bares em finais de semana.
Coreografia e Vestimenta
A dança começa com os pares dispostos em
fileiras de mulheres e homens de frente uns para os outros. Com palmas, os
homens convidam as mulheres a formar roda. Os casais de dançarinos fazem então
um grande círculo com sua dança, onde as mulheres rodam segurando as saias
rodadas e jogando-as em direção ao homem, que tende a se esquivar da saia
parceira.
Ao final da apresentação, tem uma parte
que é chamada de “dança do peru”, onde homens e mulheres ficam agachados em
volta do centro batendo palmas. Uma mulher sai dançando até o meio e deixa um
lenço no chão em forma de pirâmide para que seu parceiro apanhe o pano apenas
com a boca, sem usar nenhuma das mãos e sem cair. Se tiver equilíbrio, força e
elasticidade nos músculos das pernas para conseguir pegar o lenço, o dançarino
é aplaudido com entusiasmo pelos bailarinos e pelo público. Mas se cai ou se
desiste, é alegremente vaiado por todos na grande brincadeira.
A vestimenta das mulheres inclui conjuntos
de saias longas, rodadas e muito coloridas e blusas que exibem os ombros e o
pescoço, confeccionadas com rendados, em geral de uma só cor. Costuma-se pregar
enfeites como pequenas peneiras e pedaços de patchouli. Os cabelos são
enfeitados com uma rosa. Pode-se abusar de acessórios como pulseiras e colares
coloridos que dão muitas voltas no pescoço e vão até a altura do umbigo. Os
homens usam um lenço vermelho no pescoço, calças de uma só cor e camisas de
mangas compridas tão coloridas quanto as saias das parceiras. As camisas são
amarradas na cintura. Homens e mulheres dançam descalços.
Com
o decorrer dos tempos o carimbó chegou também à capital do Pará e passou a
fazer parte da cultura desta como uma modalidade musical que mesmo tendo como
matriz o carimbó de Marapanim, organizou-se em duas correntes distintas que se
denominara tradicional, representada pelo cantador Verequete e a moderna
represntada por Pinduca. Causando assim, uma certa rivalidade entre defensores
da tradição e da modernidade. Mas, deixando de lado essa discussão. O certo é
que o carimbó encontrou terreno fértil na capital e dando tanto a Pinduca
quanto a Verequete reconhecimento como carimbozeiros importantes do estado
paraense. E assim estabeleceu-se o carimbó como ícone de identidade paraense.
As
letras, geralmente, são poemas espontâneos compostos por trabalhadores que
versejam sobre fatos da sua rotina: suas batalhas no trabalho, seus amores,
etc. Como Algodoal, por exemplo, onde os pescadores registram em seus cantos os
mitos e as lendas locais, seus trabalhos pesqueiros e a beleza natural da ilha.
Geralmente são poemas curtos rimados com palavras simples, fáceis de memorizar,
pois são repetidos algumas vezes no momento do canto.
Não
há limite de pessoas para o momento da dança, pelo fato de ser uma dança de
roda. No carimbó são admitidos várias perfórmaces em interpretações. É
permitida até mesmo a dança solo. Muitos dançarinos preferem a dança solo, pois
se sentem mais livres para a execução da coreografia.
O carimbó, ao contrário do carnaval, das
festas juninas, e outras festividades que têm datas fixas em calendários, não
tem época certa, é válido em todo e qualquer tempo. Em Marajó, por exemplo, se
dança mais nos meses de julho, novembro e dezembro. Em outras regiões se dá
maior ênfase à dança no início do verão (junho e julho). Em outras regiões as
festas de carimbó ocorrem em janeiro, em fevereiro e por ocasião de momentos
festivos locais.
METODOLOGIA
Este
artigo foi desenvolvido através de pesquisa bibliográfica, onde foram citados
dois autores com obras ligadas ao Carimbó, visando verificar a historicidade da
dança na cultura amazônica, objetivando assim, a melhor compreensão desta cultura
que está sendo estilizada ao decorrer dos anos e em muitas das vezes fugindo de
sua origem.
REFERÊNCIAS
LOUREIRO,
João de Jesus Paes. Cultura Amazônica: Uma
poética do imaginário. São Paulo:
Escrituras Editora e Distribuidora de Livros Ltda., 2001, 437 p. (obras
reunidas).
LODY,
Raul Giovanni da Motta. Dicionário de
arte sacra & técnicas afro-brasileiras. Ed. Ilustrada. São Paulo: Pallas
Editora, 2003, 322p..
SÁ,
Joel de. CARIMBÓ – Cultura do Brasil.
Disponível em: < http://recantodasletras.uol.com.br/ensaios/1813964>.
Acesso em: 10 set. 2010.
MIRALINA,
Mira. Carimbó: Um ícone de identidade
paraense. Disponível em: <http://www.recantodasletras.uol.com.br/artigos/1556267>.
Acesso em: 10 set. 2010.
Que bacana!
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